quinta-feira, 21 de julho de 2011

Você conhece ou já viu alguém se converter após o “apelo” do Pastor no culto? Conheça a história dessa prática

Você conhece ou já viu alguém se converter após o “apelo” do Pastor no culto? Conheça a história dessa práticaO pastor encerra seu sermão: “O Espírito Santo convida você a vir. A congregação orando, esperando ansiosa, convida você a vir. Na primeira nota da primeira estrofe, desça as escadas, desça por estes corredores. Que os anjos possam acompanhá-lo. Que o Espírito Santo de Deus o encoraje. Que a presença de Jesus caminhe ao seu lado enquanto você vem, enquanto nós permanecemos em pé e cantamos ao Senhor”. E as pessoas realmente vêm. Semana após semana, em igrejas por todo o mundo, cenas como essa acontecem ao fim de milhares de sermões. A congregação fica em pé e canta; os pecadores caminham pelos corredores e oram por salvação.
Este método evangelístico bem comum, conhecido como sistema de apelo, não foi sempre assim. Evangelistas bem-sucedidos como George Whitefield, Jonathan Edwards e John Wesley nunca fizeram um chamado ao altar. De fato, eles nem sequer sabiam o que era isso. Eles convidavam seus ouvintes apaixonadamente para vir a Cristo pela fé e aconselhavam regularmente os pecadores ansiosos depois dos cultos. Mas não lhes pediam para dar uma resposta pública ou física após os sermões evangelísticos. Então, de onde vem esta prática?
Inicialmente, o apelo era usado como um meio eficiente de reunir pessoas espiritualmente interessadas em se juntarem para aconselhamento após um sermão. Em vez de procurar os penitentes um a um, o pregador os chama à frente, ou a outra sala, para conversar e orar. Alguns pastores usaram este recurso no fim da primeira década do século 18, mas apenas durante os encontros campais do segundo grande despertamento da América foi que eles realmente ganharam espaço.
Os encontros campais eram comuns em Estados de fronteiras, como Kentucky e Tennessee, por volta do começo do século 19. Estas reuniões que duravam alguns dias eram um meio de os ministros (a maioria metodista, batista, presbiteriana e discípulos) introduzirem o evangelho aos colonos rurais. As primeiras reuniões campais foram feitas com pregações apaixonadas e respostas extremas. Centenas de ouvintes gritavam, gemiam, desmaiavam, contorciam-se e choravam desesperadamente. Os pregadores geralmente viam estas respostas como evidência da obra do Espírito Santo.
Por volta de 1805, estes movimentos corporais espontâneos eram menos comuns. Os ministros faziam um “apelo” como um meio visível de medir a resposta das pessoas às suas mensagens. Os “altares” eram áreas cercadas perto do lugar principal de pregação no campo onde os pregadores desafiavam os pecadores a buscar a salvação. O pregador metodista Peter Cartwright descreveu um encontro campal em 1806: “O altar estava cheio de gente transbordando em lamentos”. Outro pregador metodista contou detalhadamente o momento em que “o cercado estava tão cheio de gente que as pessoas não tinham a possibilidade de fazer qualquer movimento lateral, mas estavam literalmente cambaleando em massa”. Os metodistas experimentaram um crescimento exponencial durante os primeiros do século 19, em parte por causa de seus métodos evangelísticos, incluindo os encontros campais e os apelos públicos.
Muitas pessoas consideram Charles Grandison Finney (1792-1875) o “pai do apelo”. Ordenado ministro presbiteriano em 1823, Finney começou a fazer os convites públicos muito tempo depois de os metodistas já terem feito desse método parte regular de seus encontros campais. Finney, entretanto, fez mais que qualquer outro para estabelecer os apelos como uma prática aceitável e popular no evangelismo americano. Ele normalmente chamava os pecadores ansiosos até a frente da congregação para se sentarem no “banco dos ansiosos”. Ali, eles recebiam oração e geralmente ouviam um sermão individual. O apelo também foi uma das famosas “novas medidas” de Finney. Ele estava convencido de que os pastores poderiam produzir avivamento usando os métodos corretos e que, chamar pecadores arrependidos à frente “era necessário para tirar [os pecadores] do meio da massa de ímpios para levá-los a uma renúncia pública de seus caminhos pecaminosos”.
Enquanto muitos abraçaram as “novas medidas” de Finney, outros estavam desconfiados da teologia que sustentava a prática. Finney acreditava que a morte de Cristo tinha tornado a salvação possível para todos. A depravação humana era “uma atitude voluntária da mente”, e não algo que tinha nascido conosco. A conversão, portanto, dependia da vontade humana ser convencida a se arrepender e confiar em Cristo. De acordo com Finney, o apelo era uma ferramenta muito persuasiva para mudar a vontade humana. Ministros calvinistas, como Asahel Nettleton, rejeitaram a confiança que Finney tinha na capacidade humana e sua dependência no sistema de apelo. Eles acreditavam que o ser humano nasceu com uma natureza pecaminosa. Os pecadores eram incapazes de confiar em Cristo até que Deus mudasse seus corações. O historiador Iain Murray aponta que muitos oponentes ao apelo “alegavam que o chamado para uma ‘resposta’ pública confundia um ato externo com uma mudança espiritual interna”. Além disso, diz Murray, o apelo efetivamente “instituiu uma condição de salvação que nunca apontava para Cristo”. Os críticos argumentam que o evangelismo dessa forma resultou em uma falsa segurança, já que uma grande parcela daqueles que iam à frente para “receber a Cristo” logo apostatavam.
A despeito das críticas, o sistema de apelo continua com força. Tornou-se um artefato permanente no evangelismo americano. Só é preciso assistir a alguns poucos minutos de uma cruzada de Billy Graham na televisão para reconhecer que aquilo que um dia foi uma “nova medida” se tornou uma tendência dominante. A voz distinta de Graham chama em alto som: “Suba ali, desça aqui, eu quero que você venha. Se você estiver com parentes e amigos, eles vão esperar por você. Os ônibus vão esperar por você. Cristo percorreu todo o caminho da cruz porque Ele o amava. Certamente você pode dar alguns passos e dar sua vida a Ele”. Enquanto o local deixou de ser a remota Kentucky e se transferiu para os modernos estádios de futebol, e o meio de transporte evoluiu de carroças cobertas para ônibus fretados, o sistema de apelo resistiu. É caracterizado até hoje nas histórias de incontáveis cristãos que contam ter encontrado Cristo quando ficaram em pé, ergueram suas mãos, deram passos até a frente e chegaram ao altar, respondendo ao apelo.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

RELIGIOSIDADE-- BATALHA OU BANDALHA ESPIRITUAL?

Como editor de livros cristãos fiquei impressionado ao descobrir em uma pesquisa junto a livrarias evangélicas que um dos três assuntos que mais vendem livros entre a nossa gente é batalha espiritual. Prova de que nós, cristãos, somos absolutamente fascinados por esse assunto. Queremos ver nosso Deus guerreiro arrebentar com o capeta, mandá-lo pro quinto dos infernos a pontapés, sob nossos brados de glória e aleluia. Entendo muito bem do assunto. Fui convertido numa igreja que dava muito valor a isso, onde o diabo era uma figura onipresente nas orações, nos cultos, nas conversas, no dia a dia dos irmãos. Parecia até que ele tinha cadeira cativa na primeira fila. Hoje, tendo lido, vivido e praticado minha fé de forma mais sólida, me atrevo a enxergar aquilo que considero um grande erro no discurso cristão com relação ao Diabo. E é sobre isso que quero conversar com você.
Antes de mais nada, preciso avisar aos adeptos do liberalismo teológico que os respeito mas não concordo com vocês. Acredito sim que Satanás e os demônios são seres pessoais, que atuam sim nas esferas terrena e celestial, militando contra a Igreja de Cristo. Creio em possessão demoníaca e já participei de exorcismos (não televisionados e sem plateia, ressalte-se) em que presenciei situações que ninguém nunca me convencerá terem sido crises de epilepsia. Então sou bem ortodoxo, fundamentalista e bem pouco iluminista quando o assunto é demonologia. Creio que, ao contrário do que defende a Teologia Liberal, Satanás é de fato uma entidade pessoal. Só para você ter uma ideia, há nas escrituras 177 menções ao Diabo em seus vários nomes. Além disso, a Bíblia deixa claro que ele tem intelecto (2 Co 11.3); emoções (Ap 12.17) e também vontade (2 Tm 2.26). Em Mt 25.41 fica claro ainda que ele é moralmente penalizável por seus atos, o que jamais ocorreria se ele fosse apenas uma metáfora ou um símbolo da maldade humana, como advogam alguns. E mais: Satanás é descrito por pronomes pessoais e é fortemente adjetivado no relato bíblico.
Tendo dito isso, vamos ao que interessa: O grande equívoco que nós, cristãos, cometemos, é achar que Deus e o Diabo estão numa batalha espiritual em pé de igualdade. Que a força que Deus tem cá o Diabo tem lá e que as chances de vitória em qualquer batalha espiritual são de 50% a 50%. É essa imagem da queda de braço aí ao lado, onde o Supremo Criador do Universo se vê numa disputa de igual pra igual, em que tudo pode acontecer, em que há isonomia de forças. Nada mais longe da verdade.
DEMÔNIOS APENAS OBEDECEM E IMPLORAM A DEUS
Para começar: Deus é o criador do ser que se tornou Satanás. Ou seja: do mesmo modo que eu e você, como criaturas, dependemos do Senhor para tudo, precisamos de sua autorização para realizar qualquer intento, o líder dos demônios tem de enfrentar a mesma burocracia. Sim, Satanás é obrigado em tudo a dizer a Jeová: “Seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus”. Ele não tem escolha. Pois o Diabo não pode mover uma palha sobre a terra ou nas regiões celestiais sem a autorização expressa de Deus. É como um cachorrinho, esperando que seu dono afrouxe a coleira e ele, assim, consiga avançar contra um dos eleitos do Senhor.
Isso fica claríssimo no livro de Jó. Para tomar qualquer iniciativa Satanás precisa que Deus conceda-lhe o direito. Veja que em Jó 1.12 o Senhor diz a Satanás: “Pois bem, tudo o que ele possui está nas suas mãos; apenas não toque nele”. Ele usa o verbo no imperativo, isto é, trata-se de uma ordem, algo que vem de cima para baixo: “não toque”. Em nenhum momento há uma barganha: há uma concessão.
Depois, na tentação de Jesus no deserto, as palavras de Cristo em Mt 4.10a são absolutamente reveladoras: “Jesus lhe disse: Retire-se, Satanás!”. Perceba o que está acontecendo aqui. Jesus de Nazaré, o Deus encarnado, vira-se para aquele que tantos de nós temem e simplesmente dá-lhe uma ordem. Se Satanás vivesse em pé de igualdade na batalha espiritual, se ele lutasse de igual para igual com Deus, no mínimo ele responderia um “qualé, Jesus, vai encarar? Tá se achando, é?”. Mas não. Sabe o que o Diabo faz quando Jesus diz “retire-se”? Vamos para o versículo seguinte: “Então o Diabo o deixou”. Uau. Que moral. Não houve luta, não houve batalha, não houve barulho. Jesus disse e o Diabo simplesmente e subordinadamente obedeceu. Prova de que o nível de autoridade do Mestre é infinitamente, extraordinariamente, magnificamente, inquestionavelmente superior ao do adversário. Que é adversário nosso, não dEle, como já veremos.
Há ainda outra passagem fantástica que revela essa realidade. Marcos 5 nos conta que ao chegar a Gadara Jesus se depara com um endemoninhado. A história se repete. Quando aquela legião de demônios se vê diante do Rei dos Reis o que ela faz? Guerreia? Peleja? Luta? Enfrenta? Encara? Sai gritando “vamos lá, essa é a chance de derrotar Jesus!”. Nada disso. Ouça bem: “E implorava a Jesus, com insistência, que não os mandasse sair daquela região. Uma grande manada de porcos estava pastando numa colina próxima. Os demônios imploraram a Jesus: ‘Manda-nos para os porcos, para que entremos neles’.” (Mc 5.10-12). O demônios imploraram. Segundo o dicionário, isso significa que eles suplicaram, pediram encarecidamente e humildemente. Isso parece atitude de quem entra numa batalha de igual para igual? E assim é em todas as manifestações demoníacas que a Biblia relata: manda quem pode, obedece quem tem juízo. Ou melhor: quem já é réu de juízo.
SATANÁS NÃO É INIMIGO DE DEUS, MAS DOS HOMENS
Deus é onipotente, isto é, pode tudo. O Diabo é teopotente (com o perdão do neologismo), isto é, só pode o que Deus lhe permite poder. Então, a imagem medieval de Deus guerreando com o Diabo em condições de igualdade é tão esdrúxula como imaginar que um rinoceronte e uma formiga são capazes de competir em igualdade de força, poder e domínio. Apocalipse fala da batalha final de Armagedom. Mas imaginar que essa batalha é como um Fla X Flu, em que tudo pode acontecer, em que há chances de qualquer um ganhar, é uma ideia extremamente infantil. Toda e qualquer luta entre Deus e o Diabo é como um jogo entre a seleção brasileira titular de futebol e o timinho mirim sub-10 do Cáceres Matogrossense (que para quem não sabe é considerado o pior time do Brasil). Chega a ser risível imaginar uma derrota da seleção.
Deus sempre ganha. Sempre. Sempre. Simplesmente porque a grandeza, o poder e a majestade do Ser infinito, eterno, onipotente, inefável, magnífico que é o Senhor do Universo é absolutamente, impensavelmente, descomunalmente superior a toda e qualquer capacidade que esse mísero ser criado, chamado Satanás, possa ter.
Satanás não é inimigo direto de Deus: é uma pedra incômoda no sapato. Uma farpa no dedo. Satanás é sim inimigo dos homens, adversário nosso, pois ele tem a capacidade de nos sugerir que pequemos. Nem nos obrigar ele pode (salvo em caso de possessão). Veja o que ele fez com Adão e Eva: não enfiou o fruto proibido goela abaixo deles, apenas sugeriu, deu ideias. Satanas é um grande sedutor. Nós fazemos e cedemos se quisermos. Repare que o anjo de Apocalipse 22.9 diz a João: “Sou teu conservo”. Analogamente, os anjos caídos estão no mesmo nível hierárquico: co. Ou seja, “correspondente”, “correlato”. Eles estão em pé de igualdade enquanto inimigos dos seres humanos, jamais de Deus. Assim, devemos temer somente e tão somente aquele que pode lançar nossa alma no inferno (Mt 10.28), ou seja: Deus. Acredite: o Diabo não tem nenhuma autoridade para te condenar ao inferno. Isso é entre você e o Todo-Poderoso.
IGREJAS DIABOCÊNTRICAS
Pois bem, uma vez que pomos o Diabo no lugar que lhe é devido, começamos a perceber que ele vem sendo tratado pela Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo de maneira completamente equivocada: com honras e glórias.
“Ahn? Como assim, Zágari, tá maluco?”
Não mesmo. Repare que temos dado tanto destaque ao Diabo em nossas vidas que muitas vezes falamos mais dele do que de Deus em nossas orações e em nossos cultos. É um tal de repreender pra cá, expulsar pra lá, manietar, acorrentar, aprisionar… passamos tanto tempo usando os minutos que deveríamos estar dedicando ao Criador dos Céus e da Terra mencionando o Diabo que acabamos tornando nossos momentos na igreja diabocêntricos. E você consegue perceber o que há de mais grave nisso? Repare que quando pegamos o espaço que deveria ser totalmente devotado a Deus (como nossos cultos, nossos devocionais, nossas orações etc) e o usamos para dar espaço ao Diabo estamos fazendo exatamente o que ele queria e que resultou em sua queda: o pomos no lugar de Deus. Ou seja: quando fazemos de Satanás o centro de nossas atenções ele exulta, pois é exatamente o que queria desde o início: usurpar o lugar do Senhor. Nem que seja nas nossas atenções e em nossos pensamentos.
Cultos são momentos que, como diz o nome, servem para cultuar a Deus. Orações servem para relacionarmo-nos com Deus. Se O removemos desses momentos e pomos o Diabo no Seu lugar, pronto: sem percebermos entronizamos Satanás em nossas atividades, deixando o Senhor em segundo plano. Ah, e isso é tudo o que Maligno sempre quis! Veja: “Você, que dizia no seu coração: ‘Subirei aos céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembléia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo’.” (Is 14.13,14).
As nossas orações, então, em vez de representarem momentos de íntimo contato com o Abba, de aproximação com o nosso amado, com aquele que é maravilhoso, em vez de serem oportunidades de nos derramarmos ao Pai nosso que está no Céu, cujo nome é santificado e cujo Reino esperamos ansiosamente… vira um bate-boca com o Diabo e com os demônios. Que desperdício! E isso porque temos a ilusão de que temos de ficar guerreando eternamente contra esse ser que é tão inferior ao nosso amigo Jesus Cristo. Quando na verdade onde a luz brilha as trevas se dissipam.
BATALHA ESPIRITUAL SE GANHA ACENDENDO A LUZ
Quer fazer batalha espiritual? Acenda a luz de Cristo na tua existência. Traga Jesus para o centro de tudo. E ali ele iluminará todos os cantos de sua vida, eliminando todo e qualquer vestígio de trevas. Pronto, a batalha estará vencida. Simples assim. Sem mágicas, sem estratégias, sem abracadabra. Ponha Jesus no centro da tua vida e Ele iluminará teu corpo, alma e espírito. E, com isso, não sobrará espaço absolutamente nenhum para o Diabo agir.
Fico impressionado com grupos que criam “ministérios” onde ensinam sobre mapeamento espiritual, estratégias de guerra e um monte de outras coisas ligadas ao Diabo. Eu mesmo na minha infância de fé participei de alguns, fui a cursos e seminários. Passamos manhãs inteiras discutindo e aprendendo sobre demônios, principados, hierarquias e tantas outras invenções humanas que a Bíblia ignora totalmente. Joguei no lixo manhãs inteiras glorificando o Diabo, tornando-o o centro das atenções, quando poderia estar me devotando ao Cristo que veio à terra para desfazer as obras do maligno (1 Jo 3.8) e que o venceu na Cruz. Aprendi tantas coisas inúteis nesses seminários de batalha espiritual que uma simples leitura bíblica me teria ensinado com muito mais clareza lições infinitamente mais preciosas e eficazes.
Quer saber qual é a forma bíblica de Jesus de lidar com Satanás e os demônios? Pois bem, repare antes de qualquer coisa que é a forma como  alguém muito superior trataria alguém infinitamente inferior. Como um leão trataria um rato. Mateus 8.16 diz a respeito de Jesus: “Ao anoitecer foram trazidos a ele muitos endemoninhados, e ele expulsou os espíritos com uma palavra”. Repare, uma única palavra!
Jesus não se rebaixava a ficar conversando com demônios. Com uma única palavra os mandava embora. E isso era corriqueiro. Em Marcos 1, Jesus está numa sinagoga quando “justo naquele momento, na sinagoga, um homem possesso de um espírito imundo gritou: O que queres conosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos destruir? Sei quem tu és: o Santo de Deus”. Repare que o demônio que possuia aquele homem puxou o maior papo com Jesus. Mas sabe o que o Mestre fez? Não deu a menor trela. Tudo o que ele falou, segundo o versiculo 25, foi: “Cale-se e saia dele!”. Que coisa extraordinária! Repare bem: Jesus não permitiu que o demônio abrisse a boca! Mandou-o se calar. E sair. Só. Sem conversa, sem dar importância nem oportunidade de ele falar ou mesmo “ensinar” doutrinas de demônios. O resultado? O texto diz: “O espírito imundo sacudiu o homem violentamente e saiu dele gritando”. “Cale-se e saia dele”…e ele saiu. Uau.
Esse deve ser o nosso procedimento: cala e sai. Só. E sempre. Luz acesa, trevas dissipadas.
É como se Jesus quisesse dizer: “Tá, já tirei o cabelo da sopa, vamos nos banquetear agora?”. Mas tem gente que prefere ficar aos berros: “Tem um cabelo na minha sopa! Tem um cabelo na minha sopa! Tem um cabelo na minha sopa!”. E assim perde o principal. Que é Deus. A Cruz. A vida eterna. A Igreja. A comunhão dos santos. O amor.
VALORIZAR O DIABO EM NOSSAS CELEBRAÇÕES É DESTRONAR DEUS
A Bíblia é sobre Cristo. O Evangelho é sobre Cristo. Nossa vida cristã é sobre Cristo. Batalha espiritual é um assunto secundário. Se houver demônios os expulsamos e acabou. Se você reparar que está gastando muito do seu tempo lendo sobre eles, falando sobre eles e se preocupando com as sujeiras ligadas a eles é sinal que suas prioridades na vida de fé precisam ser reavaliadas. Cristianismo é sobre viver com Cristo e amar o próximo e não sobre ficar gastando horas e horas com demônios.
Deus não está no mesmo nível que o Diabo. Deus está no apartamento de cobertura e o Diabo, no capacho que dá entrada ao saguão do primeiro piso – pela porta dos fundos  Temos que tirar da cabeça essa ideia infantil de que eles estão no mesmo nível. Deus é criador. O  Diabo é criatura. Deus pode tudo. O Diabo só pode o que lhe é permitido. Deus manda. O Diabo obedece. Deus é vitorioso. O Diabo já perdeu. Deus viverá a eternidade em seu Reino de glória, honra e majestade. O Diabo viverá a eternidade na morte eterna do lago de fogo e enxofre. Deus ama seus filhos. O Diabo perdeu o amor de Deus. Deus merece toda a nossa atenção. O Diabo não merece nem mesmo um post num blog desconhecido como o meu. Logo, como já gastei tempo demais escrevendo sobre essa criatura incômoda que conseguiu fazer com que eu usasse um post do meu blog pra falar dele, nada melhor do que encerrar um artigo sobre o Diabo falando sobre Aquele que de fato merece que falemos dEle: Glória a Deus nas maiores alturas! Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos; a terra toda está cheia da sua glória. Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir. (Lc 2.14a; Mt 21.9; Is 6.3; Ap 4.8)
Paz a todos vocês que estão em Cristo.


sábado, 2 de julho de 2011

Testemunho curioso: Pastor ora em local errado e loja é abençoada e prospera

Testemunho curioso: Pastor ora em local errado e loja é abençoada e prosperaUma cena diferente pegou de surpresa alguns funcionários de uma loja de produtos de segurança. Chegando para mais um dia de trabalho eles encontraram a frente da loja coberta com um óleo estranho. Pensando que seria uma macumba ou feitiçaria contra a empresa, o dono foi conferir as câmeras de segurança e descobriu que na verdade eles receberam a presença de um pastor evangélico.
A cena curiosa aconteceu em Divinópolis, Minas Gerais. O Pastor foi orar pela loja de uma cabelereira e acabou errando o endereço, abençoando e ungindo o local errado. O mais curioso é que, apesar de não ser o local certo, o dono da loja conta que após a oração seus lucros subiram e o telefone não parou mais de tocar com clientes pedindo novos serviços: “Se benzeu para o bem eu agradeço, se benzeu para o mal saiu pela culatra porque melhorou bastante”, afirma o sorridente empresário.
A cabelereira ainda espera a visita do Pastor para também prosperar em seus negócios.

Evangélicos vão a Marcha para Jesus protestar contra evento e acabam agredidos e roubados

Na última quinta-feira (23/06/2011) aconteceu em São Paulo a 19° Marcha pra Jesus, com a presença de grandes artistas e líderes renomados do meio gospel.
Um grupo de oito pessoas liderado pelo teólogo e pastor da Igreja Quadrangular Paulo Siqueira realizou mais um de seus manifestos defendendo um “Cristianismo puro e simples”, que segundo eles tem como intuito “lutar por um evangelho prático e cessar com as teorias e fórmulas cristãs”, a atividade começou em 2009. Paulo Siqueira afirmou em entrevista que muitos dos seguranças que os atacaram disseram ser pastores da igreja Renascer, líder da organização do evento: “fomos subitamente agredidos por cerca de cinco homens, seguranças da Igreja Renascer, que a socos e pontapés, enforcamento, retiraram nossas faixas, e de forma súbita, se lançaram em meio à multidão”. Vera, esposa do pastor, também foi agredida em meio ao público enquanto protestava frente ao palco principal.
Segundo explica Vera Siqueira, o grupo levou cinco faixas usadas em manifestos anteriores e uma feita especificamente para a Marcha pra Jesus deste ano. “Eu segurava uma faixa ainda enrolada, quando a agarraram e a arrancaram dos meus braços, chegando a me machucar. Era um homem forte, um segurança do evento, que saiu no meio da multidão. Comecei a gritar ‘fui roubada’, sob o olhar assustado dos fiéis que presenciavam a cena. Outros seguranças se aproximaram e tentaram levar outra faixa, essa já aberta, e eu e os meninos ‘grudamos’ na faixa, enquanto gritava ‘socorro’ repetidas vezes, na ânsia de chamar a atenção de todos e não sermos agredidos. Deu certo, havia uma base policial próxima e os policiais foram ao nosso socorro” relata ela que acredita que a ação foi premeditada pela organização do evento.
Duas das faixas foram apreendidas pelos policiais que estavam de prontidão no evento, que levou o grupo de camburão até a delegacia para que fossem prestados esclarecimentos, no entanto, não foi possível registrar B.O. (boletim de ocorrência) pois lhes foi requisitado o nome dos agressores. Após explicarem o ocorrido à delegada foram orientados pela mesma ao procedimento de como entrar com um processo referente a agressão. O grupo resolveu que voltaria no dia 27 de Junho com fotos do rosto dos “seguranças” tiradas por um dos integrantes do grupo para identificação com o auxílio policial.
Em resposta, a Igreja Renascer em Cristo afirmou por meio de nota oficial que: “A Marcha é uma manifestação pacífica e a Igreja Renascer não estimula e nem apoia nenhum tipo de violência. Não tivemos informação de um incidente deste tipo e as pessoas que trabalharam no evento não tiveram esta orientação. Vale lembrar que a polícia também não registrou nenhuma ocorrência como esta”, disse a um site ligado a denominação.

Mais protestos

No sábado (25/06/2011) o grupo realizou a Anti-Marcha, onde os manifestantes doaram sangue no Hospital das Clínicas, para segundo eles “fazer assim algo de prático ao próximo”. Compareceram os blogueiros Paulo Siqueira do As pedras clamam, Vera do Uma estrangeira no mundo, Alex do Desejando Deus, Júlio O Proponente e outros manifestantes, além de fiéis da Igreja Cristã Zion.
Segundo o grupo o movimento está em expansão pelo país e pretendem em breve criar camisetas, faixas e adesivos de carro. A próxima meta será começar a visitar templos da Igreja Renascer em Cristo durante cultos.

Fotos dos protestos