quarta-feira, 29 de junho de 2011

Site diz que fiéis que não pagarem o dízimo na Igreja Universal terão o nome incluido no SPC/Serasa; Bispo Edir Macedo responde

Site diz que fiéis que não pagarem o dízimo na Igreja Universal terão o nome incluido no SPC/Serasa; Bispo Edir Macedo responde
O Bispo Edir Macedo publicou uma postagem em seu blog nesta segunda-feira, 27, para desmentir algumas notícias que diziam que o fiel que não pagar o dízimo da Igreja Universal do Reino de Deus terá o nome incluído no sistema do SPC/Serasa. O que o líder da IURD não entendeu é que essa notícia foi originalmente publicada no site G17 que publica informações falsas como “humor”.
Macedo diz então que a matéria é mentirosa e explica os motivos pelos quais seria impossível inserir o nome dos fiéis no cadastro de serviço de proteção ao crédito (SPC). “Os dízimos e as ofertas são bíblicos e a Igreja Universal não impõe ou obriga as pessoas a fazerem suas doações,” escreve Macedo em nome da direção da IURD.
Ainda de acordo com o Bispo os membros da igreja não são obrigados a entregar o dízimo e as ofertas. “Tudo é feito por mera liberalidade do fiel, por sua livre e espontânea vontade, de modo que a Igreja sequer tem controle de se realmente o fiel fez alguma oferta ou não, uma vez que os envelopes, onde são entregues os dízimos e as ofertas, não têm identificação de quem está doando, tampouco do valor que se supõe que tenha sido depositado em seu interior pelo fiel.”
Por não ter esse controle e por ser algo totalmente pessoal do fiel é que a IURD não tem como colocar o nome do fiel no cadastro do SPC/Serasa. O texto ainda diz que o departamento jurídico entrará em contato com os donos dessas mídias que divulgaram essa informação falsa.

Sobre o G17

O site G17 tem o layout idêntico ao portal G1 das Organizações Globo, a diferença está no conteúdo, a redação do G17 inventa notícias sem fundamento com o intuito de fazer humor, entre as matérias inventadas estão: “Cabral venderá o Cristo Redentor para pagar dívidas”, “São Paulo pede anulação do jogo por suspeita de bola falsa”.
Mas como na internet as noticias são rapidamente copiadas, a IURD não conseguiu identificar qual o site que publicou essa inverdade primeiro, alguns blogs chegam a citar um jornal da cidade de Sorocaba como fonte deste texto.

A notícia

“Quem Não Pagar Dízimo à Igreja Universal ficará com nome sujo
Os Bispos da Igreja Universal do Reino De Deus (IURD), presidida por Edir Macedo, decidiram que a instituição vai cadastrar no SPC/Serasa os fieis que ficaram com o pagamento do dízimo em atraso, na tentativa de diminuir a “inadimplência”.
Quem já deve à IURD e quer evitar entrar na lista negra do comércio, pode entrar em contato com o departamento de finanças da igreja para renegociar a dívida.
É possível parcelar os valores com a utilização de cartão de crédito ou débito, a taxa de juros é de 72% ao mês.
A direção da igreja não informou o número de devedores, mas se estima que os maus pagadores estão causando um prejuízo mensal de quase R$ 1 bilhão. Além de ficar com o nome sujo, os fieis inadimplentes podem ter de pagar multa e ter contrato rescindido se trocarem a Universal por outra Igreja.”

Após polêmica sobre “volta de Cristo ser uma utopia”, Ricardo Gondim publica texto explicando sua convicção

Após polêmica sobre “volta de Cristo ser uma utopia”, Ricardo Gondim publica texto explicando sua convicção
O pastor Ricardo Gondim usou seu blog para explicar sua teoria sobre a Volta de Cristo. No artigo “O que penso sobre a volta de Cristo” ele fala sobre o livro que ele indicou aos pastores durante um congresso da Igreja Betesda. Aos pastores ele dizia, baseado na obra “Teologia da Esperança” de Jürgen Moltmann, que a volta de Cristo é uma utopia, mas acreditar nela nos fazer cumprir os mandamento de Deus.
Gondim usa o texto para expor alguns dados sobre a obra escatológica de Moltmann que foi publicado em 1964. Entre o conceito político e religioso da época, o líder da Betesda faz citações de trechos dessas obras.
“Mas como falar de um futuro que ainda não existe e de acontecimentos vindouros aos quais ninguém ainda assistiu? Não se trataria aí de sonhos, especulações, desejos e temores, todos necessariamente vagos e indefinidos, já que ninguém pode verificá-los?”. Diz um trecho da obra “Teologia da Esperança”.
“No cristianismo, as análises são provisórias. Tudo depende do desenrolar das perspectivas e suas possibilidades futuras. Conceitos teológicos não devem engessar a realidade, mas ampliá-la pela esperança e assim antecipar seu futuro,” escreve o polêmico pastor sobre a escatologia.
Sobre a volta de Cristo ele diz que acredita que Ele voltará, mas que essa afirmação não gera comodismo em sua alma. “Afirmar que Cristo virá de fora (transcendência) significa dizer que a ação humana (imanência) não consertará a história. O Deus que encarnou retornará, de fora da história, trazendo juízo, cura e esperança. Naquele dia, o horizonte utópico se desfará e entenderemos o porquê de toda a mobilização que nos incentivou a trabalhar pelo Reino.”
Encerrando o texto ele ainda acrescenta que a “Profecia [sobre a volta de Cristo] é incentivo, nunca entorpecimento.

Igreja Mundial é notificada por remessas ilegais de dinheiro ao Brasil

Igreja Mundial é notificada por remessas ilegais de dinheiro ao Brasil
O BNA (Banco Nacional de Angola) notificou a filial da Igreja Mundial do Poder de Deus naquele país por infringir normas cambiais de envio de recursos para o exterior.
Por essas normas, estrangeiros de passagem no país só podem expatriar por vez U$ 15 mil [R$ 24 mil]. Para contornar o limite, a Mundial estaria patrocinando caravanas de até 20 pessoas que chegam a entrar e sair de Angola cinco vezes por mês.
A imprensa angolana criticou o SME (Serviço de Migração e Estrangeiros) e as agências de informações do governo por “fechar os olhos” para esse vai-e-vem que tem tirado ilegalmente recursos do país.
“O nosso pais é um paraíso para os brasileiros”, disse uma fonte do jornal angolano Agora. “A igreja não tem nenhum compromisso social, não ajuda as autoridades nem a população, apenas aumenta a sua pobreza.”
“O pastor Valdemiro Santiago aparece na TV e chora, alegando não ter dinheiro, e os crentes, muitos deles empresários, chegam a doar de 20 a 30 mil dólares”, afirmou a mesma fonte. “O dinheiro é entregue em Kwanzas [moeda angolana] e convertido imediatamente a partir da residência do bispo Juliano Marques [o responsável pela Mundial naquele país].
De acordo com as denúncias, o dinheiro dos fiéis estaria também sendo desviado para Portugal, África do Sul, Moçambique e Cabo Verde.
A Mundial expulsou dois pastores angolanos porque eles estariam revoltados com um rombo de US$ 3 milhões (R$ 4,76 milhões) que os brasileiros deram na contabilidade da igreja.
Ultimamente, autoridades governamentais têm mostrado preocupadas com a rápida expansão de seitas estrangeiras no país. “Nós precisamos agir rápido, dentro da lei, porque esse fenômeno já assumiu proporções alarmantes”, Pedro Nambongue Chissanga, diretor do departamento de cultura da província de Huambo.
A Mundial se instalou em Angola em 2009, onde já se encontra consolidada a Igreja Universal.

Fiéis decretam Silas Malafaia como candidato a presidente do Brasil em 2014; Pastor ironiza

Presidente Silas Malafaia
 O pastor Silas Malafaia disse durante a Marcha para Jesus que não planeja se candidatar à presidência da República. A informação se deu por conta de um cartaz erguido por algumas pessoas durante o evento do dia 23 de junho em São Paulo pedindo a candidatura do líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.
Malafaia fez o percurso da Marcha para Jesus no trio elétrico principal onde estavam o apóstolo Estevam Hernandes e outras personalidades políticas e religiosas. Quando o pastor da Advec viu o cartaz solicitou que as pessoas guardassem aquela faixa.
Mas tarde esse assunto surgiu ente os jornalistas e Malafaia foi questionado sobre a possível candidatura. “Esta pessoa tem que fazer Zorra Total, show do Tom. É uma piada. O pastor que entra na política deixa de atender o todo para ser parte,” respondeu.

Missionária Lana Houder e companheira pastora lésbica afirmam que pregarão a Palavra de Deus na Parada Gay

Missionária Lana Houder e companheira pastora lésbica afirmam que pregarão a Palavra de Deus na Parada GayTrês semanas depois de inaugurar uma igreja inclusiva e voltada para acolher homossexuais no Centro de São Paulo, o casal de pastoras Lanna Holder e Rosania Rocha pretende participar da Parada Gay de São Paulo, em 26 de junho, para “evangelizar” os participantes. Estudantes de assuntos ligados à teologia e a questões sexuais, as mulheres encaram a Parada Gay como um movimento que deixou de lado o propósito de sua origem: o de lutar pelos direitos dos homossexuais.
“A história da Parada Gay é muito bonita, mas perdeu seu motivo original”, diz Lanna Holder. Para a pastora, há no movimento promiscuidade e uso excessivo de drogas. “A maior concepção dos homossexuais que estão fora da igreja é que, se Deus não me aceita, já estou no inferno e vou acabar com minha vida. Então ele cheira, se prostitui, se droga porque já se sente perdido. A gente quer mostrar o contrário, que eles têm algo maravilhoso para fazer da vida deles. Ser gay não é ser promíscuo.”
As duas pastoras vão se juntar a fiéis da igreja e a integrantes de outras instituições religiosas para conversar com os participantes da parada e falar sobre a união da religião e da homossexualidade. Mas Lanna diz que a evangelização só deve ocorrer no início do evento. “Durante [a parada] e no final, por causa das bebidas e drogas, as pessoas não têm condição de serem evangelizadas, então temos o intuito de evangelizar no início para que essas pessoas sejam alcançadas”, diz.
Leandro Rodrigues, de 24 anos, um dos organizadores da Parada Gay, diz que o evento “jamais perdeu o viés político ao longo dos anos”. “O fato de reunir 3 milhões de pessoas já é um ato político por si só. A parada nunca deixou de ser um ato de reivindicação pelos direitos humanos. As conquistas dos últimos anos mostram isso.”
Segundo ele, existem, de fato, alguns excessos. “Mas não é maioria que exagera nas drogas, bebidas. Isso quem faz é uma minoria, assim como acontece em outros grandes eventos. A parada é aberta, e a gente não coíbe nenhuma manifestação individual. Por isso, essas pastoras também não sofrerão nenhum tipo de reação contrária. A única coisa é que o discurso tem que ser respeitoso.”

Negação e aceitação da sexualidade

As duas mulheres, juntas há quase 9 anos, chegaram a participar de sessões de descarrego e de regressão por causa das inclinações sexuais de ambas. “Tudo que a igreja evangélica poderia fazer para mudar a minha orientação sexual foi feito”, afirma Lanna. “E nós tentamos mudar de verdade, mergulhamos na ideia”, diz Rosania. As duas eram casadas na época em que se envolveram pela primeira vez.
“Sempre que se fala em homossexualidade na religião, fala-se de inferno. Ou seja, você tem duas opções: ou deixa de ser gay ou deixa de ser gay, porque senão você vai para o inferno. E ninguém quer ir para lá”, diz Lanna.
A pastora afirma que assumir a homossexualidade foi uma descoberta gradual. “Conforme fomos passando por essas curas das quais não víamos resultado, das quais esperávamos e ansiávamos por um resultado, percebemos que isso não é opção, é definitivamente uma orientação. Está intrínseco em nós, faz parte da nossa natureza.”

Igreja Cidade de Refúgio

Segundo as duas mulheres, após a aceitação, surgiu a ideia de fundar uma igreja inclusiva, que aceita as pessoas com histórias semelhantes as delas. “Nosso objetivo é o de acolher aqueles que durante tanto tempo sofreram preconceito, foram excluídos e colocados à margem da sociedade, sejam homossexuais, transexuais, simpatizantes”, diz Lanna.
Assim, a Comunidade Cidade de Refúgio foi inaugurada no dia 3 de junho na Avenida São João, no Centro de São Paulo. Segundo as pastoras, em menos de 2 semanas o número aumentou de 20 fiéis para quase 50. Mas o casal ressalta que o local não é exclusivo para homossexuais. “Nós recebemos fiéis heterossexuais também, inclusive famílias”, diz Rosania.
Apesar do aumento de fiéis, as duas não deixaram de destacar as retaliações que têm recebido de outras igrejas através de e-mails, telefonemas e programas de rádio e televisão. “A gente não se espanta, pois desde quando eu e a pastora Rosania tivemos o nosso envolvimento inicial, em vez de essa estrutura chamada igreja nos ajudar, foi onde fomos mais apontadas e julgadas. Mas não estamos preocupadas, não. Viemos preparadas para isso”, afirma Lanna.